Os clientes pretendiam uma casa de praia que pudesse ser vivida por dois agregados da mesma família – teria de construir-se um novo volume além do existente.
A casa com vista para a praia, o espaço para estar e repousar a vista no horizonte, requeria uma abordagem distinta da que foi feita ao que já existia. Por oposição às paredes grossas e vãos como molduras a espreitar a paisagem, impunha-se um novo olhar.
O corpo novo delimita-se num retângulo alongado, de cércea menor, organizado num só piso, leve e menos corpóreo que a pedra original, pelo que se adotou a madeira como material identitário. Articulada entre o betão aparente e o zinco, a madeira assume-se sem subterfúgios, na sua forma e cor naturais para compor paredes, vãos e tetos.
O interior prolonga-se para o exterior, onde se implanta a piscina, e capta a paisagem permitindo usufruir, através da sua horizontalidade, das vistas, da costa marítima até ao horizonte.