A livraria 100ª Página ocupa o piso térreo de uma antiga casa senhorial do século XVIII, projetada pelo arquiteto bracarense André Soares para a família Rolão, antigos fabricantes de seda da cidade. O projeto propõe a reconversão do espaço existente em livraria.
Tratando-se de um imóvel classificado como de interesse público, houve a preocupação de conservar as suas caraterísticas originais em termos de organização e corpo, mantendo a génese do espaço intacta e optando por uma uniformização ao nível da cor e do mobiliário que proporcionam ao utilizador uma sensação de deambulação entre as muitas salas que compõem a livraria. O programa distribui-se em três fases distintas.
A primeira sala, visível do exterior, atrai o visitante e proporciona o atendimento, funcionando visualmente como um prolongamento do exterior para o interior, com o lajeado de granito a dar continuidade ao passeio pedonal.
A segunda sala constitui o coração do espaço, a biblioteca propriamente dita. A terceira sala, a área infantil, está resguardada do exterior, estabelecendo uma relação mais próxima com o jardim.